O Ministério Público ingressou com um pedido formal de cassação do prefeito de Curitiba e de seu vice após denúncias de que servidores municipais teriam sido coagidos a realizar doações financeiras para a campanha eleitoral. A investigação aponta que funcionários públicos teriam sido pressionados a contribuir com valores específicos, sob o risco de sofrer represálias dentro da administração municipal, como perda de cargos ou outras consequências profissionais.
De acordo com o Ministério Público, a suposta prática teria sido sistemática e teria envolvido a utilização da estrutura pública para favorecer a arrecadação eleitoral, o que configuraria abuso de poder político e econômico. Segundo o órgão, a conduta teria violado diretamente a legislação eleitoral ao misturar o exercício de funções públicas com interesses eleitorais, influenciando a liberdade de escolha e o equilíbrio entre os candidatos na disputa.
O pedido protocolado inclui, além da cassação dos mandatos, a solicitação de aplicação de multa e a declaração de inelegibilidade do prefeito e do vice por oito anos. O Ministério Público sustenta que as provas reunidas durante a investigação indicam que houve direcionamento e pressão hierárquica sobre servidores em diferentes setores da administração.
O caso foi encaminhado à Justiça Eleitoral, que será responsável por analisar o conjunto de documentos, depoimentos e demais evidências. A decisão do tribunal poderá confirmar ou rejeitar o pedido do Ministério Público, definindo se houve, de fato, coação, abuso de poder político e econômico ou utilização irregular da máquina pública para fins de arrecadação eleitoral.
Enquanto o processo tramita, o assunto gera repercussão política na capital e levanta debates sobre as fronteiras entre campanha e gestão pública. A expectativa agora é pela manifestação da Justiça Eleitoral, que deverá avaliar o mérito da ação e determinar possíveis consequências para os envolvidos.
Autor: Anton Smirnov












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