Título: Curitiba apresenta projeto de tecnologia e ciência cidadã em congresso nacional de gestão pública

A equipe da Secretaria de Administração e Tecnologia da Informação (Smati), em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba (SMMA), apresentou o portal Fauna Silvestre de Curitiba durante o Congresso Consad de Administração Pública 2025, realizado em Brasília entre 26 e 28 de agosto. A iniciativa foi inscrita na área temática “Inteligência Artificial e o Futuro da Gestão Pública”.

Desenvolvido para permitir a participação cidadã na detecção, registro e acesso a orientações sobre animais silvestres encontrados na cidade, o portal reúne dados que servem à pesquisa científica e ao monitoramento da fauna urbana. Durante o congresso, o servidor Herick Dal Gobbo, da Superintendência de TI da Smati, foi o responsável pela apresentação. Ele destacou que “as ferramentas de inteligência artificial são uma tendência na gestão pública e vêm para auxiliar os gestores diante de estruturas cada vez mais enxutas”. Também participou do evento a diretora do Departamento de Planejamento e Projetos de Tecnologia da Informação, Luiza Cabel Corteletti.

Em Curitiba, o uso de inteligência artificial já está presente em diversas secretarias. Entre os exemplos estão os chatbots “Divinha” na Procuradoria-Geral do Município e “Álvaro” na Secretaria Municipal de Urbanismo. A SMMA também emprega IA no processo de verificação de comprovante de residência no serviço de traslado de restos mortais.

O Portal Fauna Silvestre é baseado no conceito de ciência cidadã, permitindo que a sociedade contribua diretamente para a obtenção de dados relevantes sobre a fauna urbana. De acordo com Herick Dal Gobbo, “o conhecimento do cidadão e a participação pública na coleta de dados contribuem para o mapeamento que a Secretaria do Meio Ambiente faz”. Atualmente, o portal abriga dois projetos em andamento: o “Olha o Mico!”, voltado ao monitoramento das espécies de macacos em Curitiba, e o “Capivarômetro de Curitiba”, que mapeia e acompanha a distribuição das capivaras no município. No primeiro projeto, são buscados registros de ocorrência para embasar estratégias adequadas de manejo; no segundo, é solicitado à população que identifique também os filhotes, passo considerado essencial para compreender a dinâmica populacional da espécie.

O módulo de consulta e orientação ao encontrar um animal silvestre também utiliza inteligência artificial. Ao enviar uma foto ou preencher um formulário com informações, o sistema identifica a família do animal e indica qual dos 21 procedimentos previstos deve ser seguido. A integração entre participação da população e tecnologia avançada reforça o compromisso de Curitiba com a inovação na gestão pública, promovendo ciência colaborativa, transparência e ferramentas inteligentes a serviço do cidadão.

Autor:  Anton Smirnov